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Em cada ruído eles imaginam um perigo. Em alguns casos, até mesmo o bater de uma janela com o vento é o suficiente para o cãozinho ou gatinho sair correndo feito um raio, derrubando coisas pelo caminho. Se for um som estrondoso então, como de um trovão, correm para debaixo da cama. Barulho de fogos de artifício pior ainda, pois, alguns animais podem até sofrer um ataque cardíaco.

Assobio, bater de palmas, ventanias, helicóptero e caminhão de lixo são só alguns exemplos de uma lista enorme de ruídos que mexem com os nervos de muitos cães e gatos que sofrem de medo excessivo. Porém, o problema não está só nos ruídos. Eles também podem desenvolver medo de pessoas e de outros animais.

Isso prejudica muito a qualidade de vida deles, pois, um cão muito medroso, por exemplo, pode não querer passear na rua ou então sair com uma postura agressiva, difícil de controlar, já que ele fica o tempo todo na defensiva. Nesse caso, o passeio que era para ser um momento de lazer, vira a pior hora do dia para o cachorro.

Donos de uma audição muito mais sensível que a nossa, cães e gatos podem fazer associações entre ruídos e traumas de forma muito rápida. Por exemplo: a queda de um objeto pesado no chão pode fazê-los associar a algum tombo que levaram de pequenos, um chute ou qualquer outra situação ruim que ficou gravada na memória deles.

E o medo em alto grau dificulta o convívio e também as idas ao veterinário, a realização de exames e tratamentos médicos.

Alguns gatos são tão medrosos que se escondem nos locais mais inusitados e de difícil acesso. É o caso da gatinha Rebecca Selvagem (foto) que foi resgatada de um estacionamento onde, desde filhote, vivia se escondendo no motor dos carros. Rebecca tinha tanto medo de gente que, mesmo estando segura num lar amoroso, passou dois meses se escondendo dentro da máquina de lavar-roupas. Só saída de noite, depois que todos estavam dormindo, para comer e fazer suas necessidades.

 

Claro que o medo tem seu lado útil. Ele nos protege a partir do momento que nos faz evitar situações perigosas como colocar a mão no fogo ou numa colmeia de abelhas – isso só para citar algumas situações mais simples. Mas como todo sentimento negativo em excesso, também pode causar danos inclusive no campo físico, facilitando o desenvolvimento de doenças. Com os bichinhos acontece a mesma coisa.

Por isso, o animalzinho deve desde cedo ser acostumado com pessoas e outros animais. Caso seja vítima de trauma como maus-tratos, atropelamento e fome, além de dar-lhe muito carinho, é preciso trabalhar essa insegurança incutida nele. Alguns casos mais graves necessitam de profissional que atue com psicologia animal.

Vale lembrar que os medos podem ter razão conhecida ou desconhecida, tanto pelos tutores quanto pelos próprios animais. Alguns podem surgir até mesmo no período de gestação se a mãe passou por sofrimento ou teve parto difícil.

A Medicina Veterinária Integrativa oferece aos cães e gatos tratamentos mais abrangentes que levam em consideração, entre muitas outras coisas, esse sentimento tão limitante que é o medo.  O tratamento é composto de terapias complementares como homeopatia, fitoterapia e florais frequenciais, e integrado à medicação alopática se a mesma for necessária.

“Analisamos as raízes emocionais que, por vezes, contribuem para o aparecimento de distúrbios físicos. A consulta integrativa estuda a personalidade do animal, fragilidades físicas, medos, nutrição e ambiente em que vive. Inclusive o tutor também é entrevistado porque o animal pode estar expressando medos que aprendeu com a família que o adotou”, explica a veterinária Viviane Reis, diretora da Clínica Integrativa Pet, do bairro de Perdizes, São Paulo.

As terapias complementares têm uma vantagem no tratamento de animais excessivamente medrosos. São muito fáceis de administrar uma vez que podem ser misturadas à comida ou a água evitando assim novos traumas, como o medo de medicação. É um tratamento sutil que trata o animal como um todo, com um ser que, como nós, além de ter um corpo, é também repleto de sentimentos.

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Mostrando 8 comentários
  • Vera lucia
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    Muito bom mesmo o tratamento para os bichinhos principalmente pra gatinhos minha filha um uma gatinha , que se assusta muito, fico com dó e saber que tratamentos são eficientes é muito bom e fáceis de serem administrados. Bom,
    vale mesmo uma consulta

  • Hellen
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    Nossa que legal! Tenho uma gatinha que se assusta até com campainha e outro, que faz xixi de medo de fogos de artifício… Bom saber que existe tratamento!

  • Elaine Abrahão
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    Sempre tive crianças patudas corajosas, até adotar a Valentina, que dos 9 por ter vindo de maus tratos tinha medo de tudo e todos. Meu marido não podia falar perto dela, ou tentar fazer um carinho que ela se apavorava!
    Com muita paciência, amor e doces palavras hoje ela se derrete toda cada vez que ele faz carinho nela, vira a barriga e chama por ele.
    Da um ciúme, porque ela só da cabeçadinhas carinhosas nele, mas tudo bem, vou sobreviver!🤣🤣🤣
    Mães são um poço de drama!🤣🤣🤣
    Amo minha frajolinha, amo meus filhos patudos!🥰❤🥰

  • Lívia de Freitas
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    Simplesmente AMEI essa materia. Estou aqui lendo, em voz alta , para que todos da casa entendam meu cachorrinho.
    Ele sente medo em algumas situações e por ser de porte grande alguns aqui em casa acham um absurdo .
    Abordagem excelente.
    Obrigada

  • Rosemary polycarpo
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    Os rojões são sem dúvida o que mais provoca pânico e tem também os fogos de artifício….. morro de dó!!!! Fico abraçada o tempo todo com meu pet….muito bom saber mais…..👍🏼

  • Les mazoux
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    Muito interessante. Matéria muito bacana. Valeu. Parabéns pela informaçao. Muito útil p quem tem pets

  • Lidia
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    Materia muito boa ajudou muito a entender alguns comportamentos nos caes e gatos ….materia feita tambem muito bem feita muito didatica inclusive de muito facil entendimento ….parabens a autora …..amei

  • Miriam Abrão
    Responder

    Eu tenho um gato que tem medo do caminhão do lixo. Qdo o caminhão passa se ele está na porta corre para dentro de casa. Muito boa a matéria de vcs. Parabéns!

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