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Os gatos são companhias adoráveis e, com o crescimento e correria das grandes cidades, cada vez mais eles ganham espaço na vida das pessoas, afinal, cuidar de um gato pode ser mais prático que cuidar de um cão já que não é preciso levar os felinos para passear, eles mesmos se lavam e fazem suas necessidades, instintivamente, nas caixas de areia.

Segundo o último levantamento do IBGE, os gatos somam pouco mais de 24 milhões nos lares brasileiros, mas o Instituto estima que cheguem a 30 milhões até 2022. Um levantamento feito pelo Instituto Pet Brasil (IPB) descobriu que a criação de gatos em casa teve um aumento de 8,1% entre 2013 e 2018, enquanto os cães cresceram 3,8% dentro dos lares.

Mas com tantos gatos reinando em lares que até então eram dominados por cachorros, muitas dúvidas surgem, principalmente referentes à alimentação.  Será que os gatos podem receber apenas duas refeições por dia como é costume fazer com os cães?

A resposta é não. Gato “não é cachorro não”. O estômago dos felinos não foi desenvolvido para receber grandes quantidades de alimento de uma só vez e muito menos para passar muitas horas vazio.

Aliás, deixar o gato sem alimento por 12 ou mais horas pode ocasionar sérios riscos a sua saúde física e até mesmo comportamental porque ele pode se tornar um animal ansioso pelas escassas refeições diárias e, inclusive, passar a comer o que não deve e encontra pela casa, incluindo plantas tóxicas – conheça algumas dela AQUI

Para se ter uma ideia, um gato não pode ficar sem se alimentar por 48 horas porque isso tem chance de desencadear um problema hepático seríssimo que leva ao óbito.

Mas então como vivem os gatos de rua? Em geral, eles acham algum inseto ou resto de comida, e se não acharem tendem a adoecer também.

E como os tutores devem agir no caso de saírem para trabalhar de manhã e só voltarem à noite? O jeito é deixar no potinho uma quantidade suficiente para durar quase o dia todo.

Um gato adulto saudável come de 6 a 15 vezes por dia, sempre em pequeninas porções. Isso dá, em média, de 55 a 75 gramas diárias que é, geralmente, a quantidade sugerida nas embalagens de ração seca dependendo do peso do gato.

A maior parte dos veterinários concorda que essa quantidade deva ser dividida ao longo do dia e da noite para que o gato vá comendo de acordo com sua vontade, além de ser ofertado também alimento úmido diariamente.

Um sachê, por exemplo, pode ser divido em duas ou três porções diárias, mas atenção: não se deve misturar a ração seca com a úmida num mesmo potinho, justamente porque o gato não come tudo de uma vez e essa mistura estraga.  O ideal é colocar ração seca num potinho e a úmida, do lado, num pratinho e em pequena quantidade. O próprio gato saberá alternar as duas.

Muitos gatos apreciam comer de madrugada que, aliás, é um hábito herdado de seus ancestrais selvagens. Nesse caso, convém deixar alguma ração no potinho para esse período.

E um aviso importante: nunca se deve deixar a comida do lado ou muito perto da caixa de areia. Os gatos também não gostam de misturar assuntos da cozinha com os do banheiro e podem até deixar de comer a ração se esse cuidado não for tomado.

Claro que essas orientações são para gatos de peso e apetite normais, sem doenças ou condição física que exijam cuidados alimentares específicos recomendados por veterinários.

E é importante observar o comportamento do gato perante a comida. Se mesmo colocando comida com frequência no pratinho, o gato devora tudo rapidamente, o motivo pode ser um desses: vermes, ração de baixa qualidade que não satisfaz, ansiedade ou estresse e até mesmo alguma doença como hipertireoidismo, que aumenta bastante o apetite embora o gato não engorde e, pelo contrário, até emagreça.

No caso de filhotes é preciso adotar a ração (seca e úmida) de acordo com cada fase da vida respeitando o desmame e o desenvolvimento da dentição. Para quem deseja uma alimentação natural, o correto é procurar um especialista no assunto porque é fundamental saber o que e como oferecer sem colocar em risco a vida do animal. Vários ingredientes são altamente tóxicos para gatos como, por exemplo, a cebola e o alho. Chocolate e doces nem pensar! Leia mais sobre isso AQUI

E, por último, vale lembrar que ao adotar um gato, seja filhote ou adulto, é preciso pensar na segurança dele para que não saia nem caia de janelas ou sacadas. As redes de proteção asseguram que os gatos não tenham acesso à rua onde correm risco de atropelamento, acidentes, envenenamento, doenças (muitas sem cura) e maus-tratos. Mas mesmo para gatos que vivem apenas dentro de casa, a microchipagem é um procedimento que ajuda a localizá-los caso escapem e se percam.  Vacinação, castração e consulta veterinária são outros itens importantes para deixar a saúde do gatinho em ordem!

 

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Mostrando 6 comentários
  • Hellen
    Responder

    Materia bastante esclarecedora! Mesmo sendo gateira antiga, é sempre bom conferir dicas!

  • Karina
    Responder

    Eu não fazia ideia de que gatos comem várias vezes ao dia! Então é por isso que o Garfield é tão gordinho 🤣

  • Rosemary
    Responder

    Muito bom saber da necessidade de os gatos não poder ficar sem se alimentar por muitas horas… e que podem até vir a óbito….. graças a Deus que o pessoal que cuida dos gatos lá no museu de Ipiranga, trazem comida todos os dias!👍🏼👍🏼❤️

  • Rosemary
    Responder

    Não fazia ideia de que os gatos não podem ficar sem comer por muitas horas……muito perigoso!

    • Vera lucia
      Responder

      Que boa matéria e curiosa, gatos comem várias vezes no dia, e outras dicas muitas boas.

  • Camila
    Responder

    Meus gatos comem mesmo o dia todo. Coloco duas vezes, de manhã e à noite, mas a comida fica lá pra eles irem comendo. Bom saber sobre os alimentos tóxicos, porque meus gatos querem comer qualquer coisa que eu estou comendo. Obrigada!

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