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Alguns tutores conseguem perceber que o cãozinho está com mais fome, sede e cansaço, mas é somente quando formigas começam a ser atraídas pelo xixi dele que, de fato, vem a desconfiança de uma diabetes.

E isso é um problema porque quanto antes a diabetes é detectada, logos nos primeiros sinais que incluem aumento do apetite, emagrecimento e frequente vontade de urinar, mais chances o bichinho tem de não sofrer complicações da doença.

A diabetes faz com que o organismo pare de produzir insulina ou produza uma quantidade insuficiente desse hormônio. Como resultado o animal começa a ficar sem energia e com excesso de açúcar no sangue.

Claro que a oferta abusiva de petiscos e guloseimas tem culpa nisso, mas outros fatores contribuem para que um cão desenvolva a diabetes: predisposição genética, obesidade, alguns medicamentos, pancreatite e hiperlipidemia (excesso de gordura no sangue).

Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) de SP, o maior número de casos de diabetes canina aparece entre os 7 e 9 anos de idade. E a entidade estima que um a cada 100 cães que atingem 12 anos de idade desenvolverão a doença que pode ser do tipo 1, mais relacionado à genética, e do tipo 2 que está mais ligado à obesidade e sedentarismo.

Ainda segundo o CRMV, as fêmeas não castradas são cerca de duas vezes mais afetadas do que os machos. Isso porque a incidência da doença cresce durante o diestro – fase após o cio na qual a cadela não é mais receptiva ao macho e que dura em torno de 75 dias.

“Classicamente considera-se que as fêmeas são mais predispostas à diabetes em decorrência dos efeitos da progesterona e do hormônio do crescimento liberado pela glândula mamária em resposta a progesterona durante o diestro”, afirma o Dr Álan Gomes Poppl, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na pesquisa “Diestro e diabetes mellitus canina: o que há de novo?”, assinada por ele.

“Um estudo americano com 65 cadelas diabéticas evidenciou que 8% delas encontravam-se em diestro quando desenvolveram diabetes. Um estudo realizado na região de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, encontrou uma incidência de 95% de fêmeas diabéticas em uma série de 20 pacientes. O mesmo estudo evidenciou que cerca de 69% destas pacientes desenvolveram a doença durante o diestro. A vasta diferença entre o percentual de fêmeas que desenvolveram diabetes durante o diestro pode ser conseqüência da prática de esterilização das fêmeas ser muito mais freqüente nos EUA do que no Brasil”, diz a pesquisa.

Nos dois tipos de diabetes o tratamento implica numa nutrição balanceada, que deve ser muito bem monitorada, e aplicação de insulina. Rações específicas para diabetes, por exemplo, ajudam a glicose a chegar mais lentamente ao sangue, mas também é possível administrar uma alimentação caseira prescrita por veterinário.

Quanto à insulina, deve ser mantida na geladeira e, geralmente, injetada duas vezes ao dia.  Como é um tratamento diário, o tutor precisa aprender a aplicar sob orientação de um veterinário.

Caminhar 20 minutos por dia, correr e brincar são atitudes essenciais para ajudar no controle da doença. Mas atenção: o tratamento deve ser seguido à risca, pois, a diabetes descontrolada pode ter sérias consequências como catarata, retinopatia, problemas no fígado, renais e até neurológicos. E como a diabetes afeta os níveis de colesterol e triglicérides pode acabar provocando também hipertensão e problemas cardíacos.

Embora cães de todas as raças possam desenvolver a diabetes, estudos apontam algumas mais predispostas à doença: Poodle, Schnauzer, Labrador, Pug, Lhasa Apso, Dachshund, Spitz e terriers. A prevenção está praticamente nos bons hábitos alimentícios e combate ao sedentarismo.

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Mostrando 4 comentários
  • Vera lucia
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    Que ótima essa matéria, diabetes em cães, todos tem que fica muito alerta ao s sinais , quando o cuidado é precoce menos os bichinhos sofrerão.

  • Hellen
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    Isso mostra a importância da boa alimentação e atividade física! Eles são tal qual a nós, seres humanos!

  • Rosemary polycarpo
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    Alerta aos sinais. Da diabetes….. o mais importante para garantir mudanças de hábitos e tratamento precoce… 👍🏼👍🏼

  • Lívia de Freitas
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    Muito importante essas orientações.
    Obrigada

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