Parvovirose canina é muito séria, mas tem vacina e tratamento

Essa é uma das doenças que mais causam temor aos tutores de cães em função dos sintomas que podem se tornar muito graves. Mas antes de tudo é importante saber que, embora não tenha uma cura definitiva, a Parvovirose, que levava muitos animais à óbito até os anos 80, hoje em dia conta com tratamentos eficientes se for logo descoberta.

E o melhor: existe vacina e possibilidade de novos tratamentos, como a Ozonioterapia!

Trata-se de uma doença infecciosa provocada pelo vírus do parvo (parvovírus) que pode sobreviver num ambiente por até seis meses, razão pela qual tem alto índice de contágio. Alguns estudos sugerem que esse vírus pode se manter vivo, por exemplo, em roupas, cobertores e potes de ração. E é tão resistente que pode sobreviver a produtos de limpeza.

A transmissão é por inalação ou ingestão do vírus e isso pode ocorrer, inclusive, quando um cão saudável cheira ou lambe as fezes ou vômito de outro infectado. O cão doente deve ser mantido isolado de outros animais e a pessoa responsável por seus cuidados deve dar uma atenção muito especial a sua própria higienização para não carregar o vírus para outros ambientes da casa.

As maiores vítimas da Parvovirose são filhotes com menos de seis meses e adultos não vacinados ou que possuem alguma deficiência imunológica, seja por fatores genéticos ou de doenças. O período de incubação do vírus é de 7 a 14 dias e, uma vez no organismo, a proliferação do parvovírus é bem rápida.

A infecção se espalha pelo tecido linfático e intestino quando, na maioria das vezes, o sintoma mais aparente é uma diarreia com sangue e mau cheiro muito forte. Em alguns casos pode ainda afetar rins, pulmões, fígado e coração.

As reações mais comuns observadas são febre, vômito, perda do apetite, desidratação, taquicardia, hipotermia, letargia, depressão e mucosas pálidas no interior das pálpebras e gengiva. Embora esses sintomas sejam os mais clássicos, varia bastante dependendo do estado de saúde geral de cada cão.

Além dos sinais clínicos, a Parvovirose é confirmada por meio de exames específicos de sangue e fezes. O tratamento padrão consiste, basicamente, em conter a desidratação com fluidoterapia, os vômitos com remédios específicos e antibióticos para evitar infecções bacterianas e virais secundárias. Casos graves, com anemia intensa, podem precisar de transfusão sanguínea.

Segundo um estudo apresentado na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu (SP), a Ozonioterapia pode ser uma aliada contra a doença devido suas múltiplas propriedades farmacológicas, atuando como antiviral, imunoestimulatória, anti-inflamatória e analgésica.

Rafael Franchi Traldi,  autor da pesquisa feita com cães que tinham a doença, mostrou que “o ozônio, além de ser descrito como uma molécula biológica que auxilia a resposta antioxidante do paciente, melhora a circulação sanguínea, atua frente a agentes infeciosos, em processos inflamatórios e otimiza o metabolismo celular”.

Divididos em dois grupos, os animais tratados com ozônio tiveram 20 vezes menos chance de irem à óbito e também demonstraram uma recuperação mais rápida. O estudo aponta como vantagem o fato dessa terapia complementar ser minimamente invasiva, indolor, prática e de baixo custo.

A Clínica Integrativa Pet, de SP (Perdizes), além de oferecer tratamento convencional, também é especializada em terapias complementares, entre as quais está a Ozonioterapia já aplicada com sucesso em pacientes com diversos tipos de problemas. E também tem as todas as vacinas indicadas para cães e gatos, como a polivalente, destinada a prevenir várias doenças incluindo a Parvovirose.

O ideal é que os filhotes sejam vacinados até os quatro meses de idade e o reforço aplicado anualmente durante toda a vida do cachorro. Mas cães adultos também podem e devem ser vacinados anualmente.

Compartilhe com seus amigos

Compartilhe no Twitter

Envie pelo seu e-mail