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Não é à toa que as redes sociais estejam inundadas de fotos de gatos nas mais inusitadas poses, muitas vezes enfiados em locais onde demonstram toda sua habilidade para o contorcionismo. Quem tem gato se derrete com essa genuína mania felina que os torna tão divertidos e especiais. Aliás, quem ama gato dá a isso outro nome: estilo!

Já dizia o escritor Charles Bukowski, um amante de gatos: “Eu vi mais cachorros com estilo do que homens. Apesar de não muitos cachorros terem estilo, os gatos o têm em abundância”.

Além do que muitos tutores podem chamar de “estilo”, alguns gatos conseguem ser bastante excêntricos se recusando a tomar água que não saia diretamente de uma torneira. Outros só admitem tirar um cochilo no alto dos móveis e a maioria adora dormir em locais quentinhos como modens.

No entanto, a mania mais assistida pelos tutores de gatos é a paixão deles por caixas de papelão, mas atenção: caixas de qualquer tamanho. Foge aos olhos humanos a compreensão de como um gato grande ou gordo consegue se encaixar em espaços tão pequenos.

Seriam as caixas uma estratégia de caça buscando o local ideal para ficar à espreita e dar o bote na hora certa? Seria o esconderijo perfeito contra predadores?

A mania de se enfiar em caixas e outros locais apertados é tão notório nos gatos que ganhou até uma expressão em inglês “If it fits, I sits” que quer dizer “Se eu me encaixo, me sento”.

Basta digitar essa expressão na internet para ver milhões de imagens de gatos cuidadosamente “encaixados” em todo tipo de objeto: além de caixas, eles também entram em sacos de compra, sacolas de plástico, bolsas, cestos, baldes, vasos, recipientes de vidro como aquários e pias, dentre outros.

Aqui vale uma ressalva: evite deixar os gatos com acesso a sacolas de plástico porque eles podem sufocar.

Uma recente experiência feita com 500 gatos domésticos pela bióloga Gabriella E. Smith e publicada na revista The Atlantic, provou que gato ama ficar dentro de espaços delimitados, ainda que de forma superficial. Uma explicação é que os gatos se sentem mais seguros dentro de algo que lembre “fronteiras”.

Uma cena muito compartilhada durante a pandemia demonstrou isso:  três gatos foram flagrados sentados dentro das demarcações de acesso a uma quitanda na cidade de Quezon, nas Filipinas. Permaneceram na posição criada para fins de distanciamento social por cerca de 10 minutos – tempo suficiente para Coleen Joice Aquino, dona da quitanda, fotografá-los e viralizar nas redes sociais (foto abaixo).

Você que é tutor de gato, faça essa experiência: com um giz faça círculos ou quadrados no chão e espere para ver se seu gatinho entra e senta neles.

Patrulhando o ambiente e bebendo água fresca

Quanto à mania de ficar nos pontos mais altos da casa, os cientistas acreditam que é herança selvagem, ou seja, são locais da onde os gatos podem observar e monitorar todo o ambiente a partir de uma visão aérea e mais ampla do local. E essa atitude também dá aos gatos sensação de segurança já que percebem que estão menos acessíveis aos predadores, ainda que estes, traduzidos para a vida moderna, sejam os tutores querendo levá-los ao veterinário.

Preferir água fresca saindo da torneira ou de uma fonte artificial daquelas ligadas na eletricidade também tem ligação com o passado remoto dos ancestrais felinos. Na vida selvagem é em riachos ou em grutas que os gatos bebem água e esse comportamento de sobrevivência pode ainda estar muito presente em suas ações.

Vários gatinhos afofam o lugar ou “amassam pão” antes de deitarem para dormir. Fazem isso inclusive sobre o corpo de seus tutores sem nenhuma cerimônia. Esse é um aprendizado da primeira infância que quase nunca perdem, nem quando ficam velhinhos. Reproduz o ato de mamar, estimulando as tetas ao amassar a barriga da mãe.

Os gatos também adoram descansar e dormir em locais bem quentinhos, especialmente em modens de computadores e TVs. Essa mania está intimamente ligada ao apego ao conforto que os gatos demonstram ter. Reparem que eles gostam de dormir em locais macios, incluindo cestos de roupas sujas ou sobre as peças limpinhas e cheirosas dobradas dentro de guarda-roupas. Mas cuidado: entre uma caminha fofa própria pata pets e uma caixa de papelão é bem provável que ele prefira a “cama rústica”.

 

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Comentários
  • Rosemary
    Responder

    Muito reveladora e fofa essa matéria sobre os gatos…. Tem um gatinho no museu do Ipiranga, que espera alguém entrar no banheiro do parque, para pedir que abram a torneira da pia… e aí, fica se deliciando bebendo água diretamente da torneira…. ❤️❤️🥰

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