A primeira coisa a fazer quando se deseja ter um cãozinho ou gatinho é refletir se o momento é o mais adequado, pois, um filhote necessita de muitos cuidados e atenção desde seus primeiros passos. Como crianças, eles dependem do exemplo dos pais ou dos humanos que os adotam para aprender tudo de que farão uso na vida que se inicia.
O momento adequado é quando a família humana se vê em condições de arcar com acomodação segura para o gatinho ou cachorrinho, custos com alimentação adequada e veterinário que, aliás, deve estar na lista de prioridades do filhote desde seus primeiros meses por conta das vacinas e vermifugação, primordiais para sua saúde.
Vale lembrar que cães e gatos podem viver até 20 anos e então a adoção de um filhote precisa ser muito bem planejada levando em conta que eles crescem e envelhecem.
Especialistas aconselham a adotar o filhotinho em finais de semana ou períodos em que é possível passar mais tempo com ele e, alguns dias antes, levar um cobertor para o canil/gatil ou abrigo para que ele se acostume com o cheiro e traga para a nova casa como uma forma de se sentir mais seguro.
Toda a família tem que estar atenta para com os cuidados do filhote, principalmente as crianças que podem inadvertidamente apertá-lo demais ou machucá-lo em brincadeiras para as quais ele ainda não está preparado. Existem vários casos tristes de filhotinhos afogados ou gravemente feridos por conta da falta de orientação e monitoramento das crianças da casa.
Além disso, existem muitos perigos dentro de uma casa: fios, tomadas, compartimentos internos de geladeiras e outros eletrodomésticos que são alguns dos itens que merecem atenção porque os filhotes se enfiam em todo lugar e adoram morder e muitas vezes engolir tudo que encontram pela frente, incluindo barbantes de tênis, meias e objetos pequenos espalhados pelo chão.
Os brinquedos devem ser escolhidos com cautela respeitando os indicados para cada idade a fim de se evitar acidentes. Existem várias técnicas para ensinar o cãozinho a fazer xixi e coco no lugar certo e desde os primeiros dias em casa os tutores devem se empenhar nesse processo de aprendizado.
Já os gatinhos, por instinto, buscam fazer xixi e coco em locais onde possam cobrir seus excrementos. Então uma caixa de areia colocada distante dos pratinhos de comida e água já costuma ser o suficiente para o gatinho descobrir seu “banheiro particular”.
A alimentação é outro ponto importante. Já existem no mercado inúmeras rações específicas para filhotes contendo tudo que necessitam para um crescimento saudável. Importante destacar que cães e gatos se alimentam de forma muito diferente.
Enquanto os cães costumam comer a porção de ração de uma só vez duas ou três vezes por dia, os gatos comem pequeninas porções do pratinho várias vezes ao longo do dia, então não se pode determinar horários para os gatinhos se satisfazerem – deve-se encher o pratinho do gato e deixar que ele busque o alimento quando tiver vontade.
Vacinação e vermifugação em dia
As vacinas básicas são polivalentes e protegem contra várias doenças. Quem define quais vacinas devem ser aplicadas e em que momento é o veterinário, assim como é ele que pode dar a melhor orientação sobre quais vermífugos devem ser adotados. E atenção: a vacinação só deve ser feita por veterinários e jamais por leigos para evitar de problemas sérios a falsa imunização do animal.
A veterinária Viviane Reis, da Clínica Integrativa Pet de SP (Perdizes) inicia a vacinação dos filhotes quando eles atingem 60 dias de vida. Os cães tomam a primeira dose da vacina múltipla, V8 ou V10, que protege conta adenovírus canino, cinomose, coronavirose canina (transmitida por fezes contaminadas), hepatite infecciosa canina, leptospirose, parvovirose e parainfluenza.
Trinta dias após essa primeira dose eles recebem uma outra de reforço e 30 dias depois da segunda, a terceira dose de reforço. A partir dos quatro meses de idade o filhote de cão recebe a vacina antirrábica.
Já os gatinhos, com dois meses de vida, devem tomar a vacina quádrupla, a V4, que protege contra calicivírus (infecção respiratória causada por vírus), rinotraqueíte (doença que causa problemas respiratórios e oculares), panleucopenia e clamidiose (doença bacteriana). Seguem-se os reforços como nos cães e a partir de quatro meses de idade podem receber a antirrábica.
Estudos mostram que a incidência de reações adversas às vacinas é menor do que 1%. Nos casos leves o local pode ficar dolorido e o animal às vezes fica um pouco prostrado por cerca de dois dias. Por conta disso, alguns tutores desistem de dar as demais doses – o que é muito ruim, pois, algumas vacinas só atingem o ponto máximo de imunização em alguns animais depois da terceira dose.
Viviane Reis recebe os filhotes com um carinho redobrado: “Na primeira consulta dou todas as orientações sobre como cuidar do filhote, passo as datas das vacinas e vermífugos, falo sobre alimentação e qual o momento mais adequado para trocar a nutrição, cuidados com pulgas e carrapatos”. Ela também explica sobre a disponibilidade de comida e água, e dá dicas para o cãozinho fazer xixi e coco no lugar certo.
Admiro muito as pessoas que adotam animais, seja como for, tem que ser muito bem pensado, e calcular tudo que esse animal pode precisar, está tudo bem explicado aqui. Fora a dedicação e muito amor.